quarta-feira, 30 de julho de 2014

Por quem Cristo Morreu?

*Por quem Cristo Morreu?

Está é uma pergunta vital por causa de inúmeras teorias defendidas na igreja cristã. A teoria calvinista de uma “expiação limitada” ensina que Cristo morreu apenas pelos eleitos a quem Ele escolhera previamente. Vejamos o que a Bíblia ensina
A) Pela Igreja. Não há duvida de que Cristo morreu pelos crentes que são membros do seu corpo, a igreja.

“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para  apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5:25-27).
“Assim como o Pai me conhece a mim e eu conheço o Pai; e dou minha vida pelas ovelhas” (Jo 10:15).
“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus... Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós” (Jo 17:9-11).

B) Pelo Mundo inteiro. Existe um número ainda maior de passagens para mostrar que Cristo morreu pelo mundo inteiro, por cada indivíduo. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ela a iniqüidade de todos nós” (Is 53:6). “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (1Jo 1:29).
“O qual a si mesmo se deu em resgate por todos” (1Tm 2:6). “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas inda pelos do mundo inteiro” (1Jo 2:2). Talvez o versículo mais forte contra a doutrina de uma expiação limitada seja 2Pe2:1: “Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras, até o ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”. É dito aqui claramente que Cristo resgatou aqueles que são na verdade falsos profetas e que vão ser destruídos. Note também a nítida declaração, nos dois versículos seguintes, de que Cristo morreu por alguns, embora eles venham a perecer: “Se por causa da comida o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu” (Rm 14:15). “E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu” (1Co 8:11). Nem um só indivíduo, homem, mulher ou criança, será excluído das bênçãos oferecidas na expiação. “Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem” (Hb 2:9).
            A pergunta surge naturalmente: se Cristo morreu por todos, por que todos não são salvos? A resposta está no simples fato de que cada um deve crer que Cristo morreu por ele antes de poder participar dos benefícios de sua morte. Em João 8:24 Jesus disse: “Porque se não credes que eu sou, morrereis nos vossos pecados.” Lewis Sperry Chafer declara: “A condição indicada por Cristo, sobre a qual eles (os incrédulos) podem evitar morrer nos seus pecados, não se baseia no fato de ele não morrer a seu favor, mas sim em colocarem nele sua fé...o valor da morte de Cristo, por mais maravilhosa e completa que seja, não se aplica aos não regenerados até que venham a crer.”[12] Esta questão de necessidade é uma aplicação pessoal, pela fé, da graça salvadora de Jesus Cristo, como ilustrado pelos detalhes da noite da páscoa. A família israelita deveria matar um cordeiro e aspergir o sangue sobre as ombreiras e a verga das portas de suas casas e os moradores deveriam então permanecer nelas. Deus disse: “O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: quando eu vir o sangue, eu passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito” (Ex 12:13). Deus não olharia no quintal onde o cordeiro fora morto, mas nas portas de cada casa. Quando visse ali o sangue, o anjo da morte não pararia. Deve haver uma aplicação pessoal, pela fé, do sangue precioso que foi derramado por nós no Calvário. William Evans resume o assunto admiravelmente quando diz:

“A expiação é suficiente para todos; ela é eficiente para aqueles que crêem em Cristo. A expiação propriamente dita, à medida que coloca a base para o trato redentor de Deus com os homens, é ilimitada. A aplicação da expiação é limitada àqueles que crêem verdadeiramente em Cristo. Ele é o salvador em potencial de todos os homens; mas efetivamente só dos crentes. Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1Tm 4:10).[13]



*DUFFIELD, Guy P. & CLEAVE, Nathaniel M. Van., Fundamentos da Teologia Pentecostal v.I, São Paulo, Ed Quadrangular, 1991, pgs. 257-260.
[12] CHAFER, Lewis Sperry, Systematic Theology, Dallas, TX: Dallas Semirary Press, 1947, v.III, p.97.
[13] EVANS, William E., The Great Doctrines of the Bible, Chigago> The Bible Institute Colportage Association, 1972, p. 79.

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