quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Um argumento a favor do livre-arbítrio

Gerald Harrison*

Para alguns filósofos, nossas decisões são livres apenas se forem sem causa. Para outros, a acusação é necessária para impedir que nossas decisões sejam descontroladas. Para alguns, a causação precisa ser indeterminística. Para outros, ela precisa ser determinista. Para outros ainda, nem uma coisa e nem outra importa.
No entanto, há uma concordância quase unânime de que o livre-arbítrio é necessário para estabelecer responsabilidade moral. Ou seja, o livre-arbítrio é necessário para nos fazer merecedores de louvor, censura, recompensa ou punição por nossos atos, e para que sejam válidas as chamadas “atitudes reativas”, como ressentimento, culpa e perdão.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Van Inwagen e o Argumento da Consequência contra o compatibilismo

Entre os argumentos recentes no debate sobre livre-arbítrio e determinismo, um dos mais famosos é o argumento da consequência de Peter van Inwagen, que pretende mostrar que o combatibilismo é falso. O compatibilismo é a visão de que todas as nossas ações poderiam ser totalmente determinadas pelas leis da física mas que, ao mesmo tempo, poderíamos ter livre-arbítrio no sentido necessário para a responsabilidade moral. Van Inwagen introduz a essência desse argumento perto do início do seu livro sobre livre-arbítrio e depois oferece três versões técnicas detalhadas dele. Incluímos aqui apenas a versão simples e a primeira formalização técnica (que pretende mostrar eu, sob o determinismo, nunca agiríamos de nenhuma outra maneira que não seja a maneira pela qual agimos).

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Armínio e Sua Visão da Escritura



A cognoscibilidade da justiça de Deus está intimamente ligada à visão de Armínio da Escritura, o que intimamente está correlacionada com o seu intelectualismo (cf. mais adiante). A resposta de Armínio aos dez axiomas (axiomata) de Perkins em seu “Exame do planfleto do Dr. Perkins” (Examen Perkinsiani) claramente ilustra isso. Ele nega que estes axiomas sejam geralmente aceitos e que podem ser atribuídos ao estado obscurecido da mente como resultado do pecado, e prossegue sua critica de modo enérgico. Dois desses assim chamados axiomas o levam ao desenvolvimento de sua visão da justiça de Deus. Já em conexão com o primeiro axioma Armínio enfatiza que o princípio de que todas as ações de Deus são justas não nos permite atribuir algo a ele que possa ser injusto de acordo com os padrões humanos.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Por quem Cristo Morreu?

*Por quem Cristo Morreu?

Está é uma pergunta vital por causa de inúmeras teorias defendidas na igreja cristã. A teoria calvinista de uma “expiação limitada” ensina que Cristo morreu apenas pelos eleitos a quem Ele escolhera previamente. Vejamos o que a Bíblia ensina
A) Pela Igreja. Não há duvida de que Cristo morreu pelos crentes que são membros do seu corpo, a igreja.

“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para  apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5:25-27).
“Assim como o Pai me conhece a mim e eu conheço o Pai; e dou minha vida pelas ovelhas” (Jo 10:15).
“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus... Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós” (Jo 17:9-11).

B) Pelo Mundo inteiro. Existe um número ainda maior de passagens para mostrar que Cristo morreu pelo mundo inteiro, por cada indivíduo. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ela a iniqüidade de todos nós” (Is 53:6). “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (1Jo 1:29).

segunda-feira, 21 de julho de 2014

A DOUTRINA DA APOSTASIA NO ANTIGO TESTAMENTO

 Revisão: Paulo Cesar Antunes. [ www.arminianismo.com ]


Embora o Antigo Testamento descreva Deus como o soberano Senhor, ele não compromete a afirmação da liberdade e responsabilidade humana. No Antigo Testamento, cada um do povo de Deus era livre para rejeitar Sua graça. O comportamento de uma pessoa não era previamente ordenado por Deus. Era sua própria decisão que determinava se ele era contado entre os justos ou entre os ímpios.

sexta-feira, 14 de março de 2014

TEOLOGIA ARMINIANA: GRAÇA PREVENIENTE



A graça comum tem sido às vezes chamada de preveniente (graça que vem antes). Provavelmente, devemos restringir o termo “graça preveniente” aos aspectos da graça infinita de Deus, que vêm antes da salvação e preparam a alma para receber a graça salvadora.
Graça preveniente ou preliminar de Deus é aquela que o Espírito Santo providencia enquanto prepara uma pessoa para experimentar o nascimento espiritual. Essa preparação para o arrependimento combina misericórdia com bondade, disciplina, e providência divina para ajudar a pessoa a entender, reconhecer e responder à graça de Deus, alcançando dessa forma a salvação.
Talvez alguns recebem mais dessa graça preveniente que outros. Isto pode estar relacionado a fatores como as orações dos filhos de Deus e a resposta da pessoa à Sua graça.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014